O que é?
É qualquer ato sexual indesejado, ou tentativa de ato sexual, avanço ou comentário sexual não desejado, assim como quaisquer outros contactos e interações de natureza sexual efetuados por uma pessoa sobre outra, contra a sua vontade.
A VIOLÊNCIA SEXUAL NÃO SE RESUME À PENETRAÇÃO FORÇADA.
Há muitos outros atos de natureza sexual que podem ser formas de violência:
- toques íntimos não desejados, como beijar, acariciar ou apalpar;
- comentários ou piadas de carácter sexual que causam desconforto ou receio;
- carícias indesejadas nos órgãos sexuais;
- ser forçado/a a tocar nos órgãos sexuais de outra pessoa;
- ser penetrado/a por via oral, vaginal ou anal por pénis, por outras partes do corpo (ex.: dedos) ou objetos;
- ser obrigado/a a penetrar outra pessoa ou a praticar com ela sexo oral;
- ser obrigado/a a assistir ou a participar em filmes, fotografias ou espetáculos pornográficos;
- ser forçado/a a envolver-se na prostituição.
O que fazer:
- Fala com um adulto em quem confies e explica o que aconteceu. Pede-lhe para ir contigo ao hospital. Se a violência sexual tiver acontecido há pouco tempo, o melhor será não te lavares, nem mudares de roupa antes de ires. Se optares por mudar de roupa, coloca toda a roupa que estavas a usar num saco de papel que deve depois ser fechado (para evitar que os vestígios de violência sejam destruídos).
- Se a situação já tiver acontecido há algum tempo ou já te tiveres lavado, não há qualquer problema. Podes ir na mesma ao hospital. Mesmo que não tenhas marcas visíveis (como lesões e ferimentos), podem existir vestígios biológicos da agressão ou infeções sexualmente transmissíveis que podem ser tratadas e recolhidas como prova pelo médico/a que te atender. Ao falares com um médico ou outro profissional de saúde que te atender, ele/a está obrigado/a a cumprir determinados procedimentos e deveres ligados ao seu trabalho: ele/a terá que contatar a polícia e explicar o que te aconteceu.
Usa algumas estratégias para te protegeres:
- Se o/a agressor/a for uma pessoa que conheces, evita estar sozinho/a com ele/a; fá-lo na companhia de outras pessoas ou em locais públicos.
- Evita andar sozinho/a e deslocar-te por ruas que não conheces bem.
- Faz as atividades do dia-a-dia na companhia de outras pessoas (dos teus amigos, por exemplo).
- Grava contatos telefónicos importantes no telemóvel, para pedires ajuda rapidamente caso necessites.
- Se achares que estás em perigo foge para um local mais seguro ou onde estejam mais pessoas.
- Numa situação de emergência podes ligar 112. Diz ao profissional que te atender como te chamas, onde estás e o que aconteceu. O profissional tratará de enviar para o local os meios necessários para te proteger.